Marcelo Fernandes Lima furtou réplica da Constituição durante os atos golpistas em Brasília e foi condenado a 17 anos de prisão
21 mar
2025
– 09h58
(atualizado às 10h21)
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira, 20, o empresário Marcelo Fernandes Lima, que foi condenado por furtar uma réplica da Constituição nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Na ocasião, ele foi filmado em pé, em cima da escultura A Justiça, na frente do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), segurando uma réplica do livro da Constituição de 1988, e envolto em uma bandeira do Brasil.
Marcelo estava foragido e foi preso em São Lourenço, Minas Gerais, com apoio da Polícia Militar, segundo a PF. No dia 4 de fevereiro, o STF o condenou a 17 anos de prisão.
“A prisão ocorreu após o recebimento do mandado expedido pelo STF, que condenou o réu a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada”, diz a nota da PF.
Um mandado de prisão foi expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no dia 11 de fevereiro. O magistrado cita no documento o risco de fuga de Marcelo, e pede a substituição das medidas cautelares pela prisão preventiva.
“Além da pena de reclusão e detenção, o condenado deverá pagar, de forma solidária com os demais envolvidos, R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos”, conforme a PF.
A réplica da Constituição de 1988 furtada por Marcelo foi entregue à Polícia Federal depois de quatro dias do ato. Em 25 de janeiro de 2023, ele foi preso na cidade de Varginha, Minas Gerais, mas foi liberado usando uma tornozeleira eletrônica.