No Dia Internacional da Mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma indicação histórica ao nomear a advogada Verônica Abdalla Sterman para o cargo de ministra do Superior Tribunal Militar (STM). A decisão, influenciada pela primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, marca um passo significativo na promoção da igualdade de gênero no judiciário brasileiro. Este artigo explora os detalhes da indicação, as reações e as implicações dessa escolha para o cenário político e jurídico do Brasil.
A Indicação de Verônica Abdalla Sterman
A indicação de Verônica Abdalla Sterman foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União no dia 8 de março de 2025. Verônica, uma advogada renomada, precisa agora ser sabatinada pelo Senado e ter seu nome aprovado para assumir o posto. Caso seja admitida, ela ocupará a cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte1.
Pressão por Igualdade de Gênero
A escolha de Verônica Sterman não foi apenas uma decisão administrativa, mas também uma resposta às pressões por maior representatividade feminina no STM. A ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumirá a presidência do STM em 12 de março, fez um apelo público ao presidente Lula para que ele considerasse a diversidade de gênero ao indicar um novo nome para a Corte. Maria Elizabeth Rocha foi a primeira mulher a ser nomeada ministra do STM, também por Lula, em 20071.
O Papel de Janja na Indicação
A primeira-dama Janja desempenhou um papel crucial na indicação de Verônica Sterman. Janja insistiu na importância de anunciar a escolha no Dia Internacional da Mulher, destacando a relevância simbólica da data. Além de Janja, a indicação de Verônica também contou com o apoio da nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e do vice-presidente Geraldo Alckmin, que foram defendidos pela advogada em casos da Operação Lava Jato2.
Reações e Implicações
A indicação de Verônica Sterman gerou diversas reações no cenário político e jurídico brasileiro. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, comemorou a escolha em suas redes sociais, destacando a importância da representatividade feminina no STM. A decisão de Lula também foi vista como uma resposta às críticas por priorizar homens nas indicações aos tribunais superiores durante seu terceiro mandato1.
Desafios e Expectativas
A aprovação de Verônica Sterman pelo Senado é o próximo passo para que ela assuma o cargo de ministra do STM. Caso seja confirmada, Verônica enfrentará o desafio de defender as questões de gênero e promover a igualdade no judiciário militar, que historicamente tem sido dominado por homens. Sua nomeação representa um avanço significativo na luta por maior representatividade feminina nas instituições brasileiras.
Conclusão
A indicação de Verônica Abdalla Sterman para o Superior Tribunal Militar no Dia Internacional da Mulher é um marco na promoção da igualdade de gênero no Brasil. A decisão de Lula, influenciada por Janja e outras figuras políticas, destaca a importância de diversificar a composição do judiciário e garantir que as vozes femininas sejam ouvidas e respeitadas. A aprovação de Verônica pelo Senado será um passo crucial para consolidar essa conquista e fortalecer a representatividade feminina no STM.