No momento em que uma ala do PT articula um movimento contra seu nome para comandar o partido, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva decidiu antecipar o lançamento de sua candidatura e vai conversar com Gleisi Hoffmann (PR), que deixou a presidência nacional da sigla para assumir a Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula, para tentar pacificar a agremiação.
Nome preferido de Lula para o cargo, Edinho desembarcou em Brasília nesta segunda-feira (10) para participar das posses de Gleisi na pasta responsável pela articulação política e de Alexandre Padilha, que deixa a SRI para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade.
O petista vai aproveitar a passagem pela capital para reunir assinaturas de apoio.
Entre os quadros do partido que já apoiam Edinho na disputa interna estão o ex-ministro José Dirceu e o deputado Reginaldo Lopes (MG), além de Padilha.
“Edinho é quem reúne mais condições de conduzir uma ampla aliança com os democratas do Brasil”, disse Lopes à CNN.
No domingo, o ex-prefeito criticou o uso da imagem de Lula como arma de disputa interna e citou o vazamento de uma reunião fechada com o presidente e a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), na qual o chefe do Executivo teria sido alertado sobre resistência ao nome de Edinho.
Uma ala da CNB resiste a apoiar o ex-prefeito, apesar das sinalizações de apoio do presidente.
Edinho busca ainda consolidar apoios de peso como os dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Camilo Santana (Educação) e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (BA).